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Podemos reportar a atual configuração do concelho de Viana do Alentejo ao ano de 1836, período em que no âmbito das reformas de Mouzinho da Silveira, os concelhos de Alcáçovas e de Aguiar são incorporados no de Viana do Alentejo.
As três freguesias encontram-se interligadas pelas antigas vias romanas que num eixo faziam a ligação entre três das principais cidades romanas da época – Ebora Liberalitas Julia (Évora), Pax-Iulia (Beja) e Salácia (Alcácer do Sal).
A vila de Aguiar recebeu a sua primeira carta de foral no ano de 1269 pelo cavaleiro Estêvão Rodrigues. O território da vila esteve arrolado nos bens dos Lobos da Silveira, barões de Alvito, tendo sido sede de concelho entre 1287 e inícios do século XIX.
No percurso histórico da vila de Alcáçovas, apelidada de Castroleucos (Castelos Brancos) no período romano e de Al-Qasbah (Cidadela fortificada) no período árabe, destaca-se o hoje recuperado Paço dos Henriques, associado aos Condes e Senhores de Alcáçovas, aos contratos nupciais da princesa D. Isabel com o Rei de Castela, D. João II (1447) e da princesa D. Beatriz com o infante D. Fernando, duque de Viseu e filho do Rei D. Duarte (1457), bem como a assinatura do Tratado de Alcáçovas-Toledo (4 de setembro de 1479) e as negociações para as Tercerias de Moura. A 9 de setembro de 1973, no Monte Sobral, elementos das Forças Armadas Portuguesas reuniram-se para a preparação do movimento militar que teria lugar a dia 25 de abril de 1974.
Algumas fontes escritas apontam para o ano de 300 a.C como os primórdios da povoação do território que hoje corresponde à vila de Viana do Alentejo, apontando os Celtas Gallos e para uma provável existência de um castro no monte de S. Vicente. Na zona do Santuário de Nossa Senhora D’Aires encontramos os vestígios de povoamento romano e árabe. Por motivos relacionados com o povoamento e defesa do território, a transição da urbe da antiga herdade de Paredes para a sua atual localização terá começado a processar-se no século XIII, período em que a Herdade de Foxim é entregue por D. Afonso III a D. Gil Martins de Riba de Vizela. Em 1313, D. Dinis recupera a povoação para a Coroa e lhe atribuiu a sua primeira Carta de Foral, no seguimento da qual autoriza a construção de um castelo. Os finais do século XIX são marcados pela ação de António Isidoro de Sousa e da sua visão de um ideal de progresso social e desenvolvimento económico: fundada a 21 de outubro de 1892, a União Vinícola e Oleícola do Sul (UVOS) foi o resultado estrutural do movimento de encadeamento social liderado por António Isidoro de Sousa, e no ano seguinte surge na sua dependência a Escola de Olaria Médico de Sousa, escola de ensino técnico que albergou nomes como Francisco Lagarto, Júlio Resende, Aníbal Alcino e Armando Correia.
Viana do Alentejo é um território de plena alma alentejana, fiel às suas tradições e convicções, onde o sentimento inato da candura das gentes se associa à riqueza das suas manifestações, sejam elas tradicionais (Olaria e Chocalho), culturais como o Cante Alentejano, naturais como o mármore verde, e até mesmo religiosas como a devoção a Nossa Senhora D’Aires, que se estende a todo o território nacional.